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Saiba como prevenir e tratar a herpes zoster

  • paulacncarvalho
  • 18 de jun.
  • 3 min de leitura

Muitos pacientes me procuram no consultório com dúvidas sobre a herpes zoster. Você já ouviu falar ou conhece alguém que teve esta doença?


A doença do herpes zoster ocorre por uma reativação do vírus da catapora. Quando uma pessoa tem catapora, o vírus não é completamente eliminado do corpo: fica em estado de latência, como se estivesse dormindo. E essa latência é natural, acontece em algum nervo do corpo e o vírus fica o resto da vida com a pessoa.


Em alguns casos, pode acontecer desse vírus se reativar, e justamente por conta de estar alocado num nervo, essa reativação acontece no trajeto do nervo. Por isso que o quadro clínico do zoster é, em geral, do aparecimento de lesões em faixas, justamente na região por onde irradia o nervo. São lesões bolhosas que evoluem para crostas. 


Sabe-se que a reativação do herpes zoster costuma acontecer mais em pessoas mais velhas, sobretudo a partir dos 50 e dos 60 anos. Outros fatores de risco para o herpes zoster são doenças crônicas, como diabetes; condições que reduzem a imunidade, como transplantes, uso de medicações imunossupressoras, e infecção pelo HIV.

Uma das características do herpes zoster é o aparecimento em faixas pelo corpo
Uma das características do herpes zoster é o aparecimento em faixas pelo corpo

Como o herpes zoster se manifesta e como tratar a doença? 


O herpes zoster se manifesta classicamente com o aparecimento de lesões inicialmente avermelhadas, dolorosas, que coçam, evoluem para bolhas, vesículas e posteriormente, crostas. Essas lesões aparecem em forma de faixa, normalmente na região do nervo que o vírus estava no estado de latência. 


As lesões do herpes zoster podem aparecer em várias partes do corpo, inclusive na região facial. Uma das principais complicações é a herpes zoster ocular, quando a doença atinge a região dos olhos. Outra complicação importante relacionada ao herpes zoster é a chamada dor neuropática ou neuralgia pós-herpética, que é uma inflamação que acontece no nervo periférico ocasionada pela reativação do vírus. Essa dor pode permanecer ao longo da manifestação da doença e, em alguns casos, pode acompanhar a pessoa por muito tempo. 


No caso de sintomas sugestivos de herpes zoster, o mais importante é começar o tratamento da forma mais rápida possível. Existe tratamento para herpes zoster: ele é feito com o uso de antivirais, e é importante procurar um médico especialista para introduzir rapidamente o tratamento e evitar as complicações associadas ao herpes zoster. 


Como funciona a vacina contra herpes zoster?

A principal forma de prevenir o herpes zóster hoje em dia é através da vacinação. E a vacina que nós temos evidência de melhor eficácia na atualidade é a vacina inativada recombinante. 


É uma vacina recomendada especialmente para indivíduos acima dos 50 anos ou, abaixo dessa idade, que tenham algum fator de risco para o herpes zoster. Vale notar que ela não está indicada para menores de 18 anos e nem para gestantes. Essa vacina protege tanto a pessoa que nunca teve o herpes zóster de ter uma vez na vida, como protege a pessoa que já teve um episódio de ter uma reincidência da doença. Essa forma de imunização protege tanto o aparecimento como as complicações associadas à doença.


A vacina inativada recombinante contra o herpes zoster é feita em um esquema de duas doses, com intervalo de dois meses entre elas. Ela é considerada uma vacina segura e a maioria dos efeitos colaterais são considerados leves, como dor no local da aplicação, dor no corpo e dor de cabeça, que melhora em poucos dias de forma natural. 


Embora já existam projetos em tramitação, a vacina contra herpes zoster ainda não está disponível pelo SUS. Ela pode ser administrada em laboratórios privados, de preferência após recomendação médica.



 
 
 

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